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Racismo na escola deve ser entendido como violência coletiva

JC Notícia, 2 de maio de 2025

Painel abordou a distinção entre práticas racistas e bullying, a efetividade de programas de bolsa, e estratégias para envolver as famílias no debate

O recente caso de um estudante negro e LGBTQIAPN+ vítima de suicídio em uma escola de elite da capital paulista reacendeu o debate sobre o racismo vivenciado por pessoas pretas no ambiente escolar. Diversas escolas do Brasil possuem programas educativos antirracistas que, nem sempre, surtem o efeito necessário.

Entre os entraves para endereçar corretamente ações voltadas para essa temática está a dificuldade que muitas escolas têm em diferenciar o que é bullying e o que é racismo. Edineia Gonçalves, socióloga e coordenadora executiva da Ação Educativa, ressaltou que essa questão acaba sendo central para quem deseja desenvolver uma prática antirracista.

Ela participou de uma conversa sobre racismo nas escolas no 8º Congresso de Jornalismo de Educação da Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação), nesta terça-feira (3), em São Paulo (SP). A atividade teve mediação da jornalista Cinthia Gomes, diretora da Agência Mural de Jornalismo das Periferias.

Para Edineia, as pessoas estão mais habituadas usar o conceito de bullying porque há mais espaço para discussão e um número significativo de formações e procedimentos de como lidar com isso na escola. Por outro lado, muitas escolas ainda patinam quando o tema é racismo porque não houve a mesma dedicação formativa no tema.

Diferentemente de casos de bullying, que geralmente atingem apenas um alvo, o racismo é um ataque direto a todo um grupo social. Dessa maneira, Edineia salienta que crimes raciais nunca são sentidos individualmente e não devem ser tratados como tal.

Veja o texto na íntegra: Porvir, 03/09/2024

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