JC Notícias – 13 de junho de 2025
Três em cada dez pessoas em idade produtiva são incapazes de ler textos simples e curtos e de entender preços; não há como pensar em inclusão econômica efetiva sem uma mudança na educação
Ruim para o indivíduo, para sua família e para a sociedade, o analfabetismo funcional é condição de 29% dos brasileiros com idades entre 15 e 64 anos, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 5, coordenada pela organização Ação Educativa e patrocinada pelas fundações Itaú e Roberto Marinho, pelo Instituto Unibanco, pela Unicef e pela Unesco.
Três em cada dez pessoas em idade produtiva são incapazes, portanto, de ler textos simples e curtos, além de números como os do telefone, de casas e de preços. O quadro resumido no Indicador de Alfabetismo Funcional no Brasil (Inaf), um balanço de capacidades básicas de leitura e de operações aritméticas, é praticamente o mesmo encontrado em 2018. A pesquisa tem sido realizada desde 2001 e sua publicação foi interrompida a partir da pandemia.
Analfabetismo funcional ocorre também nos países desenvolvidos, mas em proporções muito menores – de 7% na França, por exemplo. Deficiências na educação básica têm sido observadas em outras nações do mundo avançado, como os Estados Unidos e a Inglaterra. Mas o caso brasileiro é especialmente grave, porque o despreparo de milhões de pessoas é um entrave importante ao desenvolvimento econômico e social e à superação da pobreza.
Leia na íntegra: Estadão
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