JC Notícias, 23/11/2025
“Essencial do presencial troca exposição por experiência, mentoria e validação pública de competências; provas de memorização não farão mais sentido. Alguém acredita que um jovem nascido na era da IA aceitará passar quatro anos ouvindo aulas expositivas de 50 minutos?”, questiona Luiz Cláudio Costa, professor titular aposentado e ex-reitor da UFV (Universidade Federal de Viçosa), em artigo para a Folha de S. Paulo
Se a universidade é um lugar, ela se perde. Se é espaço de formação e criatividade, ela se reinventa. Arrisco a tese: em dez anos, o modelo dominante de ensino superior —4 ou 5 anos em salas expositivas, semestres fixos, provas padronizadas— será exceção. Não por modismo, mas porque a lógica do mundo já mudou: tempo é variável, conhecimento é distribuído, trabalho é em rede e a inteligência artificial tornou-se uma infraestrutura invisível que atravessa todas as profissões.
O que entra no lugar? Uma universidade viva e conectada, onde cada estudante tem uma IA do curso —um “gêmeo pedagógico” conectado ao currículo, às disciplinas, às rubricas de avaliação e ao histórico de aprendizagem—, e o campus vira um espaço de alta fidelidade: estúdios, clínicas, laboratórios, bancas e momentos de certificação e convivência. O essencial do presencial deixa de ser a exposição e passa a ser a experiência, a mentoria e a validação pública de competências.
Veja o texto na íntegra: Folha de S. Paulo
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