trabalho pedagógico

PRÁTICAS AVALIATIVAS NO CONTEXTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO UNIVERSITÁRIO: FORMAÇÃO DA CIDADANIA CRÍTICA[1]

 

PRÁTICAS AVALIATIVAS NO CONTEXTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO UNIVERSITÁRIO: FORMAÇÃO DA CIDADANIA CRÍTICA[1]

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Professora emérita da UnB

Publicado em 2004

Para início de conversa …

Em um artigo publicado no Correio Braziliense de 16 de fevereiro de 2003, Bárbara Freitag comenta os resultados de uma pesquisa que integrou a tese de doutorado de Luciano Fedozzi, defendida na Universidade Federal do Rio Grande do Sul no dia 31 de janeiro de 2003, de cuja banca examinadora ela fez parte. Com o título de “A construção da consciência social no orçamento participativo de Porto Alegre”, a tese partia da hipótese central de que “o tempo de participação de integrantes dos vários conselhos do Orçamento Participativo (PO) teria promovido o desenvolvimento da consciência social dos participantes”. Subjacente a essa hipótese, encontrava-se outra ainda mais ousada, assinala Freitag: a própria instituição do OP estaria funcionando como uma instituição de socialização secundária (tipo escola, partido, lugar de trabalho), exercendo um efeito compensatório na formação da consciência social.Continue a ler »PRÁTICAS AVALIATIVAS NO CONTEXTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO UNIVERSITÁRIO: FORMAÇÃO DA CIDADANIA CRÍTICA[1]

Preservação da saúde mental no meio acadêmico

 

Preservação da saúde mental no meio acadêmico

A preservação da saúde mental no meio acadêmico tem sido um tema debatido ultimamente. Contudo, a avaliação não ainda não faz parte dessa discussão. De modo geral, os estudantes sonham entrar para a universidade e, aí chegando, sofrem com o isolamento e as cobranças muitas vezes exageradas. Não sou contra o rigor e a disciplina que o trabalho acadêmico requer. São absolutamente necessários, mas não dispensam certos cuidados pedagógicos: um deles é o processo avaliativo, que costuma ser cruel e não contribui para a construção das aprendizagens. Relato um fato verídico: em uma disciplina da área de Ciências Exatas a professora aplica quatro provas durante o semestre e não as devolve nem divulga as notas de cada estudante. Motivo: se ele obtiver nota “boa”, não estudará para a prova seguinte. Que cidadão está sendo formado por essa estratégia? O que causa muita estranheza é que os estudantes não reclamam, simplesmente se submetem. Já ouvi um deles dizer: ela está certa. Se eu conhecesse as notas anteriores não teria estudado tanto para a última prova. Fiquei com uma ótima nota.  Continue a ler »Preservação da saúde mental no meio acadêmico

Cultura avaliativa

Cultura avaliativa

A aprendizagem da avaliação é um dos saberes essenciais ao desenvolvimento do trabalho docente. Contudo, ela ainda é negligenciada na formação inicial e continuada de professores e dos demais educadores que atuam em escolas de educação básica e superior. Esse fato denota a necessidade de ela merecer lugar de destaque quando se discutem temas como currículo e trabalho pedagógico. Pesquisas têm revelado que o professor é um avaliador por excelência. O processo avaliativo que desenvolve compõe-se de elementos técnicos, políticos, sociais e afetivos. Por esse motivo, cabe refletir sobre as seguintes questões: por que e para que se avalia? Quem avalia e quem é avaliado? Por quais meios? A quem a avaliação beneficia? A quem pode prejudicar? Em que contexto ocorre? Com que cuidados se avalia? O que é feito com os resultados obtidos? A podem ser socializados? Que outras ações deles decorrem? Como eles retornam aos sujeitos avaliados? Além disso, outras considerações são acrescentadas: a necessária articulação da avaliação formal e da informal; o feedback pelo professor e a autoavaliação e o automonitoramento pelos estudantes, como recursos essenciais à avaliação formativa. Como coroamento disso tudo, afirma-se que a avaliação está a serviço das aprendizagens e não da aprovação e da reprovação.Continue a ler »Cultura avaliativa