Quando a prova é bem-vinda

Quando a prova é bem-vinda

Conversaremos brevemente sobre a prova inserida na avaliação formativa, desenvolvida pelo professor da turma, com os objetivos de promover as aprendizagens e reorientar o trabalho pedagógico. Portanto, não é uma prova qualquer. Assim sendo, vejamos em que situações ela faz sentido.

Sou a favor da prova bem elaborada, isto é, bem escrita, sem equívocos de português e bem apresentada. Os estudantes estão em situação de aprendizagem e tudo o que lhes chega às mãos é aprendizagem. Além disso, ela é bem dosada: nem curta demais nem longa a ponto de ser cansativa. Inclui os conteúdos principais, cuja incorporação é fundamental para o prosseguimento das atividades. Se é objetiva, inteiramente com questões abertas ou mesclando os dois tipos depende dos seus propósitos.

Sou a favor da prova aplicada nos momentos adequados e em ambiente acolhedor, desprovido de medo e tensão. Por isso, é aplicada pelo próprio professor da turma. A data é acertada com os estudantes levando em conta o tempo de que necessitam para a revisão dos conteúdos. Prova surpresa, com propósitos punitivos, não condiz com a avaliação formativa.

Sou a favor da prova cujos resultados são comentados com os estudantes imediatamente. Mas, o ciclo da prova não para aí. Devolutiva não significa feedback. É comentada com os estudantes e intervenções pedagógicas são realizadas o mais rapidamente possível. Só assim a prova faz sentido.

Sou a favor da prova que não é o único procedimento de avaliação e que se articula com os outros. Isso porque ela não tem condições de investigar todas as aprendizagens e abarcar tudo o que foi trabalhado em um determinado período. Outros meios vêm se juntar a ela. Por exemplo: produções de vários tipos, relatórios, portfólios, registros de observações, entrevistas, pesquisas, autoavaliação etc.

Não sou a favor de semana de provas. Geralmente não atendem ao que apresentei anteriormente. Facilitam o trabalho da escola e dos professores e não se aliam às necessidades dos estudantes. A escola existe em função das suas aprendizagens.