Benigna Villas Boas

O PORTFÓLIO NO CURSO DE PEDAGOGIA: AMPLIANDO O DIÁLOGO ENTRE PROFESSOR E ALUNO

 

O PORTFÓLIO NO CURSO DE PEDAGOGIA: AMPLIANDO O DIÁLOGO ENTRE PROFESSOR E ALUNO

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Texto escrito em 2004

 

Situando o tema

O processo do portfólio gera inquietação e até desconforto, tamanho é o sentimento de reflexão acerca de tudo que nos é ensinado. Nós, alunos do PIE, não aceitamos mais o conhecimento como algo pronto e acabado, que deve ser transmitido e, sim, o conhecimento como algo a ser construído continuamente, renovando-se sempre (Professor-aluno do PIE).

 

Este texto apresenta resultados da pesquisa conduzida no Curso de Pedagogia para professores em exercício no início de escolarização (PIE), oferecido pela Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) em convênio com a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Esse curso atendeu, durante o ano de 2003, a 2000 professores que têm apenas o Curso de Magistério, em nível médio.Continue a ler »O PORTFÓLIO NO CURSO DE PEDAGOGIA: AMPLIANDO O DIÁLOGO ENTRE PROFESSOR E ALUNO

Ensinamentos de Paulo Freire sobre avaliação

 

Ensinamentos de Paulo Freire sobre avaliação

No livro Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa (Paz e Terra, 1998), Paulo Freire nos ensina que “o ideal é que, cedo ou tarde, se invente uma forma pela qual os educandos possam participar da avaliação. É que o trabalho do professor é o trabalho do professor com os alunos e não do professor consigo mesmo” (p. 71). Sem essa virtude ou qualidade, diz ele, não se tem a avaliação nem o respeito do educando. Com efeito, o educando respeita o professor que lhe dá voz e manifesta interesse pelo seu sucesso.Continue a ler »Ensinamentos de Paulo Freire sobre avaliação

De quem buscamos o exemplo?

 

De quem buscamos o exemplo?

Em um artigo para o The New York Times, publicado em 15/06/2019, intitulado Por que cada um não pode obter um A?, Alfie Kohn o inicia fazendo a seguinte provocação: suponha que no próximo ano todos os estudantes passarão no exame nacional. Qual seria a reação de políticos, de empresários e da mídia? Eles balançariam suas cabeças em admiração e diriam: estes professores devem ser muito bons!? Claro que não, diz o autor. Esse sucesso seria uma evidência de que os testes foram muito fáceis.

O inevitável entendimento é de que altos padrões de desempenho significam que nem todos os estudantes estarão em condições de alcançá-los. Se todos os alcançarem, as questões se tornarão mais difíceis, para garantir que alguns estudantes falhem. Esta é a lógica.Continue a ler »De quem buscamos o exemplo?