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Pesquisa revela que escolas no Brasil têm menos tempo para ensino e mais bullying entre alunos do que a média internacional

 

Pesquisa revela que escolas no Brasil têm menos tempo para ensino e mais bullying entre alunos do que a média internacional

 

Reportagem da BBC Brasil, de 19/06/2019, apresenta parte dos resultados da Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis, na sigla em inglês), que acabam de ser divulgados pela OCDE. Um deles aponta que, em uma aula típica, os professores brasileiros passam, em média, apenas 67% do tempo com o processo de aprendizado – o restante acaba sendo dedicado a tarefas administrativas, como fazer chamada, ou disciplinares, como manter a ordem da classe.

A OCDE entrevistou 250 mil professores e líderes escolares de 48 países ou regiões e constatou que os professores usam 78% do tempo de sala de aula com aprendizagem. Atrás do Brasil, só professores da África do Sul e da Arábia Saudita gastam mais tempo com tarefas não relacionadas ao aprendizado.Continue a ler »Pesquisa revela que escolas no Brasil têm menos tempo para ensino e mais bullying entre alunos do que a média internacional

Pisa para Escolas: o que é e como vai funcionar no Brasil

 

Mais um exame para estabelecer comparação entre escolas. A presente iniciativa avança nessa direção e impõe que os sistemas de ensino paguem para aderirem. Serão gastos 2 milhões de reais para as escolas paulistas participarem da avaliação. Esse montante deveria ser usado para garantir as aprendizagens dos estudantes.

JC Notícias – 14/06/2019

Pisa para Escolas: o que é e como vai funcionar no Brasil

A prova permite às escolas comparar seu desempenho com a nota nacional de países como Finlândia, Japão e Canadá

O Pisa para Escolas é uma prova derivada do Pisa e pensada para que instituições de ensino avaliem seu desempenho em uma escala internacional. A avaliação já foi aplicada em 10 países e agora chega ao Brasil. Um acordo firmado entre a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Fundação Cesgranrio, que terá o direito de aplicar a prova em território nacional até 2020.

A adesão é voluntária e são avaliados alunos de 15 anos do 1º ano do Ensino Médio. A prova segue os moldes do Pisa, avaliando Leitura, Matemática, Ciências e habilidades socioemocionais. Além de questões de múltipla escolha, há 44 questões dissertativas. Os alunos também respondem um questionário que investiga o clima escolar, o contexto socioeconômico, a relação entre professores e alunos, entre outros assuntos.

Neste ano, o Brasil terá sua primeira edição oficial da prova, mas o teste já havia sido aplicado anteriormente em 2017, durante o projeto-piloto financiado pela Fundação Lemann, mantenedora da NOVA ESCOLA, com 13 escolas particulares e 33 públicas, das quais 23 eram da cidade de Sobral, no Ceará, reconhecida por seus ótimos resultados em exames de avaliação. Os resultados encontrados foram diferentes da realidade pintada pelo Pisa, na qual o Brasil ocupa as últimas posições no ranking – 63ª posição em Matemática, 58ª em Leitura e 65ª em Ciências. Em nota divulgada à imprensa, o Centro Paula Souza divulgou que quatro de suas escolas técnicas tiveram resultados equivalentes ou superiores aos de países desenvolvidos.

Leia na íntegra: Nova Escola

 

Leia também:

Nexo – O que é o Pisa para Escolas. E como o país começa a testá-lo

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CONVERSAS SOBRE AVALIAÇÃO

LIVRO PRODUZIDO POR INTEGRANTES DO GEPA

CONVERSAS SOBRE AVALIAÇÃO – 2019

 

 

 

Sumário

 

Apresentação

Esmiuçando a avaliação formativa – Benigna Maria de Freitas Villas Boas

A avaliação na Educação Infantil – Maria Theresa de Oliveira Corrêa

Comportamento: cabe avaliá-lo? – Enílvia Rocha Morato Soares

Contribuições da avaliação para uma “nova forma de fazer EJA” – Benigna Maria de Freitas Villas Boas e Leda Bittencourt da Silva

Iniciando a disciplina Didática pela análise da avaliação – Maria Emilia Gonzaga de Souza

Avaliação: qual é o seu lugar? – Enílvia Rocha Morato Soares

Circularidade de saberes sobre avaliação – Benigna Maria de Freitas Villas Boas

O que muda na avaliação na escola em ciclos? – Rose Meire da Silva e OliveiraContinue a ler »CONVERSAS SOBRE AVALIAÇÃO

Campanha “anti-doutrinação” contra professores eleva estresse em sala de aula

 

JC Notícias – 20/05/2019

Campanha “anti-doutrinação” contra professores eleva estresse em sala de aula

Clima de perseguição estimulado por Bolsonaro e Escola sem Partido geram ambiente de permanente tensão, relatam profissionais de centros públicos e privados de São Paulo

Nunca foi fácil ser professor de escola no Brasil. Paga-se pouco, as jornadas de trabalho são longas, os recursos pedagógicos são escassos e, como se não bastasse, há alunos que recorrem à violência física ou verbal. A essa rotina, desde sempre estressante e mentalmente desgastante, se soma mais recentemente um novo elemento: o ambiente de ódio político no país e a patrulha ideológica promovida pela extrema direita dentro das salas de aula. “Parece que vivemos em um mundo do [escritor] George Orwell em que você é vigiado constantemente, o que nos deixa em uma situação de muita tensão. A gente sente certa hostilidade”, resume Antônio*, professor de Português do Ensino Médio em uma escola estadual paulista e do 6º ano do Ensino Fundamental II em um colégio municipal da capital. “Preciso repensar toda a aula, tomar mais cuidado com os caminhos que vou tomar”.

A educação vem sendo transformada numa das principais trincheiras da guerra ideológica e cultural travada no país há cerca de três anos, quando o projeto Escola sem Partido, que prega o fim de uma suposta “doutrinação” de esquerda dentro dos centros de ensino, passou a conquistar corações e mentes e a tramitar em legislativos municipais, estaduais e federal. Com a acirrada disputada eleitoral no ano passado e a ascensão de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República, o ambiente escolar, já tenso, se deteriorou ainda mais em lugares como São Paulo.  Mesmo sem constar na lei, o Escola sem Partido é uma diretriz da atual gestão federal e do Ministério da Educação. Seus apoiadores também formam uma extensa rede de deputados, influenciadores digitais e grupos (como o Movimento Brasil Livre) que estimulam, por exemplo, que alunos filmem e denunciem seus professores. No dia 28 de abril, o próprio presidente Bolsonaro partilhou um vídeo, feito por uma aluna, em que expõe uma professora chamando o escritor Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro, de “anta“ por “meter o pau em tudo”. “Professor tem que ensinar, e não doutrinar”, escreveu o mandatário em seu Twitter, em um gesto que propaga o clima de perseguição no país. “A desvalorização social de nosso trabalho já é antiga, mas essa perseguição e esse ódio são, de fato, mais recentes. Sempre houve conflito entre alunos e professores, mas a novidade é que isso se transformou em perseguição e violência, institucionalizadas pelo presidente e pelo ministro da Educação”, argumenta a professora de Geografia Silvia Barbara, diretora do Sindicato de Professores de São Paulo (Sinpro).

Leia na íntegra: El País Brasil

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